sábado, 28 de janeiro de 2012

O SANGUE E OS VERDADEIROS CRISTÃOS

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Qual a posição do cristianismo sobre a questão de se salvar a vida humana com sangue?
Jesus era um homem íntegro, razão pela qual ele goza de tão elevado respeito. Ele sabia que o Criador tinha dito que consumir sangue era errado e que esta lei estava vigorando. Assim, existe boa razão para se crer que Jesus apoiaria a lei sobre o sangue, mesmo que ficasse sob pressão para agir de outra forma. Jesus “não cometeu nenhum pecado; [e] mentira nenhuma foi achada em sua boca”. (1 Pedro 2:22, A Bíblia de Jerusalém) Ele estabeleceu o padrão para seus seguidores, inclusive o padrão de respeito pela vida e pelo sangue. (Mais tarde consideraremos como o próprio sangue de Jesus acha-se envolvido nesta questão vital que influi em sua vida.)
Observe o que aconteceu quando, anos depois da morte de Jesus, surgiu uma questão a respeito de se quem se tornasse cristão tinha de guardar todas as leis de Israel. Isto foi discutido num concílio do corpo governante cristão, que incluía os apóstolos. Tiago, meio-irmão de Jesus, referiu-se aos escritos que continham as ordens sobre o sangue, declaradas a Noé e à nação de Israel. Seriam elas obrigatórias para os cristãos? — Atos 15:1-21.
Aquele concílio enviou sua decisão a todas as congregações: Os cristãos não precisavam guardar o código dado a Moisés, mas era ‘necessário’ que eles ‘persistissem em abster-se de coisas sacrificadas a ídolos, e de sangue, e de coisas estranguladas [carne não-sangrada], e de fornicação’. (Atos 15:22-29) Os apóstolos não estavam apresentando um mero ritual ou um regulamento dietético. O decreto estabelecia normas éticas fundamentais, que os cristãos primitivos acataram. Cerca de uma década depois, eles reconheceram que ainda deveriam ‘guardar-se do que é sacrificado a ídolos, bem como de sangue e da fornicação’. — Atos 21:25.
O leitor sabe que milhões de pessoas freqüentam as igrejas. A maioria delas provavelmente concordaria que a ética cristã envolve não adorar ídolos, nem participar em crassa imoralidade. No entanto, vale a pena notarmos que os apóstolos situaram o evitar o sangue no mesmo elevado nível moral que o evitar tais erros. O decreto deles rezava: “Se vos guardardes cuidadosamente destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” — Atos 15:29.
Há muito se entende que o decreto apostólico é obrigatório. Eusébio fala de uma mulher jovem de perto do fim do segundo século que, antes de morrer sob tortura, frisou o ponto de que aos cristãos “não se lhes permite comer o sangue sequer de animais irracionais”. Ela não estava exercendo o direito de morrer. Ela queria viver, mas não se dispunha a transigir quanto a seus princípios. Não sente respeito por aqueles que colocam os princípios acima de seu ganho pessoal?
O cientista Joseph Priestley concluiu: “A proibição de comer sangue, dada a Noé, parece ser obrigatória para toda a posteridade dele . . . Se interpretarmos [esta] proibição dos apóstolos pela prática dos primitivos cristãos, dos quais dificilmente se pode supor não terem entendido corretamente a natureza e o alcance dela, não podemos senão concluir que se intencionava ser absoluta e perpétua; pois o sangue não era comido por nenhum cristão, durante muitos séculos.”

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