Em 1874, William Blackstone, um comerciante norte-americano de Indiana, resolveu surpreender a mulher com um presente e construiu uma máquina que lavava e removia o sujo da roupa. Consistia numa tina onde estava uma tábua de madeira lisa com seis estacas, e com o recurso a uma manivela a roupa suja era empurrada por entre os paus, enquanto passava por água quente com sabão.
A ideia resultou e Blackstone começou a construir e vender mais máquinas de lavar roupa, tendo transferido o negócio para Nova Iorque. Entretanto, surgiu a concorrência, com novas aplicações na máquina, como um instrumento para torcer a roupa e a utilização de tinas de metal, que surgiram por volta de 1900.
Nesta mesma época, também começaram a ser utilizados motores a gasolina e a vapor, em substituição da manivela que fazia girar o tambor e implicava força manual. O motor elétrico apareceu em 1906, mas a máquina não estava bem protegida e muitas vezes provocava curtos-circuitos. Os motores eram colocados no exterior, debaixo da tina, ao alcance da água que saltava.
Mesmo assim, a partir de 1914, as máquinas de lavar roupa começaram a ser produzidas em série, dando às mulheres uma liberdade que elas já vinham reclamando há muito. Não só o trabalho de lavagem antes era demasiado duro, porque implicava um grande esforço físico a carregar a água, a esfregar roupa grossa ou toalhas e lençóis, como ainda expunha a mulher às substâncias perigosas dos detergentes.
Os construtores, entretanto, introduziam algumas melhorias, como um método de transferir o poder do motor para o mecanismo sem risco de provocar choques elétricos. Em 1920, apareceu o tambor mecânico, sistema mais seguro que ainda hoje é utilizado. Para atender aos desejos dos consumidores foram pensadas máquinas que não estragassem a roupa e, assim, foram lançadas umas que operavam a velocidades diferentes consoante o tecido em lavagem. Entre outros melhoramentos, foi introduzido um relógio com alarme que permitia programar a máquina para a duração do ciclo de lavagem, deixando de ser obrigatória a presença do operador junto da máquina durante o processo. Em 1957, foi introduzida no mercado uma máquina de lavar com cinco botões destinados a controlar a temperatura para lavar e enxaguar e a velocidade de agitação e rotação. Em 1960, foi recuperado o sistema de enxaguar a roupa através da expulsão da água por centrifugação, uma experiência que não tinha conhecido sucesso cerca de trinta anos antes.
Atualmente, as máquinas de lavar a roupa, com os avanços da eletrónica, já são dotadas de programadores bastante sofisticados, que escolhem eles próprios o programa indicado, consoante o tipo de tecidos introduzidos na cuba, a quantidade de roupa e a temperatura. Tanto por razões económicas como devido à falta de espaço nos apartamentos, começam também a tornar-se populares as máquinas mistas de lavagem e secagem de roupa.
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