Edificado em 1590 por ordem de Filipe I, o Forte de Santo António da Barra foi executado pelo engenheiro militar Padre Giovanni Vincenzo Casale, napolitano ao serviço da Coroa espanhola, que chegou a Portugal em 1589 para fortificar a barra do Tejo contra os ataques dos navios ingleses.
O forte, de planta estrelada irregular, possui dois baluartes agudos, ligados por revelins em V rasgados por canhoeiras, com guaritas cilíndricas nos cunhais, que fazem também a ligação às muralhas exteriores. No centro possui casa forte quadrada, com capela e casernas abobadadas, que são protegidas por uma segunda cintura de muralhas constituída por dois baluartes, ligados por revelins em ferradura. Entre as muralhas foi aberto o fosso, que actualmente ainda se conserva.
A sua planimetria é pouco usual, não se integrando no modelo edificativo das fortalezas da barra do Tejo. Além disso, o projecto inicial foi alterado depois de 1640, na época da Guerra de Restauração, quando a Coroa portuguesa empreendeu uma reforma das fortalezas existentes ao longo da costa atlântica, para reforçar o poder de fogo existente.
Em meados do século XX foram executadas diversas obras de remodelação do forte, tendo sido adaptado a residência de verão do Presidente do Concelho. Actualmente, o espaço funciona como colónia de férias do Instituto de Odivelas.
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