Em muitas culturas, as mulheres são encaradas e tratadas como cidadãs de classe inferior. O preconceito contra elas está profundamente arraigado. A violência contra as mulheres, em todas as suas formas, é um problema contínuo, mesmo nos países considerados desenvolvidos. De acordo com o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, “a violência contra as mulheres é um problema mundial que atinge todas as sociedades e culturas e afeta as mulheres, independentemente da sua raça, etnia, origem social, nascimento ou qualquer outra condição”.
Radhika Coomaraswamy, ex-Relatora Especial das Nações Unidas da Comissão dos Direitos Humanos, referindo-se à violência contra as mulheres, disse que, para a grande maioria delas, esse tipo de violência é “um tabu, algo que a sociedade finge não ver e uma realidade vergonhosa”. Estatísticas divulgadas por uma organização de vitimologia, na Holanda, indicam que 23% das mulheres em um país sul-americano, ou cerca de 1 em cada 4, sofrem alguma forma de violência doméstica. Do mesmo modo, o Conselho da Europa calcula que 1 em cada 4 mulheres européias sofre violência doméstica durante sua vida. De acordo com o Ministério do Interior Britânico, na Inglaterra e no País de Gales, num ano recente, em média duas mulheres por semana foram mortas pelo parceiro, atual ou anterior. A revista India Today International, relatou que “para as mulheres da Índia, o medo é um companheiro constante e o estupro é o estranho que talvez tenham de encarar em qualquer esquina, rua, lugar público e a qualquer momento”. A Anistia Internacional descreve a violência contra mulheres de todas as idades como “o mais comum dos desafios aos direitos humanos” de hoje em dia.
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