Devem estar a pensar que o título está errado e que deveria dizer
China ou Egipto, mas não, estou mesmo a falar dos EUA e de um projecto
lei chamado SOPA.
Isto de um país que é conhecido pela
liberdade, ou deveria, é estranho, mas a realidade é que há um projecto
lei a ser discutido no congresso que tem o nome de SOPA, Stop Online
Priracy act, em português é “acabar com actos de pirataria online“.
Este projecto lei, o SOPA, permitirá suspender sites alojados em qualquer parte do mundo,
que estejam envolvidos ou permitam a violação dos direitos de autor,
sem ser necessária qualquer ordem judicial. O que isto quer dizer? CENSURA.
Se esta lei for aprovada, obrigará os fornecedores de internet a monitorizarem os serviços online. Mas não são só, motores
de busca, serviços de alojamento, plataformas de pagamento, agências de
publicidade e, até, redes sociais, terão de monitorizar o que se passa e serão forçados a bloquear sites, e os negócios com os sites, que infrinjam esta lei.
Como seria de esperar, existe empresas que apoiam esta leis, como os
produtores de conteúdo dos Estudos Unidos, Hollywood e estúdios de TV, a
Business Software Alliance, um grupo de 29 empresas tecnológicas que
lutam pela propriedade intelectual dos softwares que produzem.
No entanto, os que estão contra também são empresas de peso, Google, o
YouTube, o Facebook, o Yahoo!, o AOL e o eBay, por exemplo, que são
empresas que saem beneficiadas com a os conteúdos disponíveis na
internet. Outras associações como European Digital Rights, a Free
Software Foundation, a Quadrature du Net, o Open Rights Group e os
Repórteres sem Fronteiras, também estão contra esta lei.
Se esta lei for aprovada, os Estados
Unidos será o mais recente país, e o primeiros do grupo de países
desenvolvidos que sempre criticaram países como a China e Irão por
censurarem e controlarem a internet, a censurarem a internet.
Para perceberem melhor, o site Terra.com.br tem um infográfico onde explica esta lei, que pode ser visualizado neste link. Poderão assinar uma petição, neste link, que já conta com mais de 700 mil pessoas.
www.tecnologia.com.pt
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