Localização
Lisboa, Loures, Sacavém
Acesso
Rua do Forte Monte Cintra, EN 10, Largo da Estação
Enquadramento
Urbano, implantado no Monte Sintra, a uma altitude de 35 m, na margem direita do rio Trancão e a cerca de 800 m do rio Tejo, numa zona onde, ao nível da litologia prevalecem rochas predominantemente margosas, por vezes com intercalações detríticas, assumindo uma posição estratégica e dominante sobre a zona envolvente. Inserido no terreno de modo a formar uma unidade integrada, está parcialmente coberto de terra, revestida a vegetação rasteira e, a E., por canavial, o que dificulta a sua percepção do exterior. No exterior do reduto, em parte da antiga esplanada, junto ao portão de acesso existe parque de estacionamento, cuja estrada é ladeada por duas guaritas de betão. A área envolvente é constituída pela zona residencial recente do Real Forte, enquadrada por diversos espaços verdes, a Fábrica de Louça de Sacavém (antiga) / Museu de Cerâmica Sacavém (v. PT031107120140) e, mais afastado, por pequenas e médias indústrias, como a fábrica de Tintas Dyrup e a Lever, e ainda o estádio de futebol do "Sacavenense" a S.. O talude a E. é delimitado por muro de suporte de terras junto à R. Domingos José de Morais, paralela ao rio, erguendo-se frontalmente a estação de caminho de ferro de Sacavém, paralela à qual existe uma nova estrada de acesso, e o parque do Trancão, junto às margens direita deste rio e do Tejo, área resultante da intervenção da Expo 98. A N. corre o rio Trancão, sobre o qual existe a ponte sifão do Alviela, que abastece de água a cidade de Lisboa, e a O. a EN. 10, que confina com a zona mais antiga de Sacavém e com o antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Mártires, actual Quartel, Comando e Estado Maior do Batalhão de Adidos (v. PT031107120007). No interior do reduto é observável variada avifauna, alguma nidificante, com destaque para o Rabiruivo (Phoenicurus ochrurus), o Verdilhão (Cardueleis chloris), o Pintassilgo (Carduelis carduelis), o Chapim-real (Parus major), a Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), o Pisco-de-peito-ruivo (Eritachus rubecula), a Alvéola-branca (Motacilla alba), a Alvéola-amarela (Motacilla flava) e várias Felosas frequentadoras dos canaviais, entre ela a Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis); ocasionalmente a Poupa (Upupa Epops), o Periquito-rabijunco (Psittacula krameri) e o Penereiro (Falco tinnunculus) e mais raramente o Falcão peregrino (Falco peregrinus). A zona envolvente, em particular junto às margens do Trancão e ao estuário do Tejo, constitui local privilegiado para a observação de aves aquáticas abundando o Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo),a Graça-real (Ardea cinerea), a Garça-vermelha (Ardea purpurea), o Flamingo (Phoenicopterus roseus), o Perna-vermelha (Tringa totanus), o Alfaiate (Recurvirostra avosetta), o Guincho (Larus ridibundus) a Marrequinha (Anas crecca) e o Borrelho-grande-decoleira (Charadrius hiaticula); observáveis ainda o Pernilongo (Himantopus himantopus), o Milherango (Limosa limosa), o Fuselo (Limosa lapponica), o Maçarico-das-Rochas (Actitis hypolleucos) e a Tarambola-cinzenta (Pluvialis-squatarola).
Descrição
Planta pentagonal irregular, composta por face comprida, voltada a NE., o principal eixo de aproximação, dois flancos de menor dimensão e na linha média da gola por uma caponnière, voltada à retaguarda, com duas faces de ângulo obtuso, coberto por reparo, parcialmente em aterro, rodeado por fosso, com escarpa de terra e contra escarpa revestida a alvenaria de pedra rebocada e pintada, suportando as terras da esplanada, de acentuada pendente para o exterior, e cobrindo a NE. corpo trapezoidal irregular com duas alas poligonais, formando duas massas de terra de níveis sobrepostos que, à distância, dão a ilusão de um pequeno outeiro. Entrada na retaguarda do reduto, a O., por portal em arco de volta perfeita de aduelas rusticadas, de diferentes dimensões, com porta de ferro, reforçada e à prova de tiros de bala, com brasão nacional na bandeira; é precedida por ponte de betão sobre o fosso, apoiada em pilar rectangular central e pegão encontro, com cunhais de cantaria, pavimentada a paralelos de granito, com passeios laterais em calçada à portuguesa e guarda em corrente de ferro. Na face da escarpa, o portal é ladeado, de cada lado, pelas antigas casas da guarda, com fachada rebocada e pintada a ocre, rasgada por cinco frestas de tiro, molduradas e envidraçadas, surgindo ainda, à esquerda, na escarpa, escada de acesso ao fosso. Transposto o portal, existe de cada lado, vão de verga abatida e moldura contracurvada para a antiga casa da guarda, e túnel de acesso, de secção bastante mais baixa que o portal e formando duplo cotovelo, de ângulos obtusos, com paredes rebocadas e pintadas a ocre, pavimentado a paralelos graníticos e cobertura em falsa abóbada de berço abatido; sensivelmente a meio, à esquerda, possui portal para pequeno compartimento onde estava instalado o guincho de manobra da antiga ponte levadiça. Terrapleno interior, pavimentado a calçada à portuguesa, articulando o edifício central, disposto a NE., junto ao qual corre passeio em calçada decorada com motivos geométricos, com a caponnière, a NO., e o acesso ao reparo, às várias casernas sob o mesmo e ao segundo piso do edifício central através de duas rampas. EDIFÍCIO CENTRAL com o piso térreo de planta trapezoidal, parcialmente enterrado, e o segundo rectangular, com cobertura homogénea em telhados de duas águas, tendo, adossado a NE., corpo rectangular, coberto por terraço. Possui fachadas de um e dois pisos, conforme o declive, rebocadas e pintadas a ocre, terminadas em cornija e platibanda plena, rematada em cornija que, nas fachadas laterais, forma pequena empena central. Fachada principal virada a SO., de dois pisos separados por friso, pintado de branco, percorrida por embasamento de cantaria e rasgada regularmente; no primeiro piso abrem-se oito portais em arco de volta perfeita, com moldura de cantaria e chave saliente e, junto aos topos, duas janelas de peitoril com o mesmo perfil; no segundo piso, igual número de janelas, de verga abatida e moldura de alvenaria pintada de branco. Fachadas laterais com o segundo piso cego e a posterior, rasgada por dois módulos de quatro janelas de verga abatida centradas por portal de verga recta e moldura simples. INTERIOR com piso térreo de compartimentos acasamatados, dispostos paralelamente, os frontais correspondendo actualmente a salas com vários serviços públicos, como arquivo e biblioteca, bar, copa, sala de exposições e auditório, e os posteriores com instalações sanitárias e de apoio aos utentes, de acesso restrito. Apresentam paredes rebocadas e pintadas de branco e tectos em placa, com vigas de carril em I e material de enchimento; os espaços públicos, são pavimentados a soalho de madeira, comunicam entre si por vãos de verga recta, moldurados por viga e com portas envidraçadas e têm, a meio, pilar com chanfro, de suporte da placa; os espaços de apoio apresentam pavimento em betonilha pigmentada e portais de verga abatida e moldura contracurvada em tijolo, rebocada e pintada, e portas em ferro; ambas as zonas têm rodapés metálicos. Posteriormente e adossado à fachada, desenvolve-se corredor de distribuição, com cobertura em falsa abóbada de berço, contornando, nos terços iniciais, dois paióis gerais, quadrados, e, no terço central, em ressalto, dois paióis rectangulares, os antigos paióis de munições de infantaria, paralelo ao qual se desenvolve, na face interna, um outro corredor, com ligação ao anterior, protegida por portas de ferro; neste corredor intermédio existiam, nos extremos, os elevadores de comunicação entre os paióis gerais e os paióis de distribuição, actualmente entaipados. Todos os paióis possuem duplas portas de acesso e frestas de tiro para os corredores, permitindo a sua iluminação, conservando o sistema de ventilação; os antigos paióis gerais, têm pilar quadrangular central, conservando, o do N., forro integral de madeira, prateleiras para as munições e moldura da porta em tijolo à vista e interiormente de madeira, tal como o capialço das frestas de tiro. Nos extremos laterais do piso térreo, a N. e a E. do edifício, desenvolvem-se dois corredores, acedidos pelos portais extremos da fachada principal, com portões de ferro, existindo junto ao da esquerda instalações sanitárias (anteriormente dos oficiais e sargentos), permitindo a comunicação do terrapleno interior com os dois cofres sob a esplanada a NE., interligando-se com o corredor paralelo à fachada e tendo na metade inicial escadas e na posterior rampa. A meio do edifício e, a partir do corredor paralelo intermédio, desenvolve-se um outro, transversal, terminado na poterna de acesso ao fosso, onde existe cais, com escada de dois patamares. O segundo piso, com guarda-vento de vidro na porta principal, encontra-se seccionado em vários gabinetes de trabalho por divisórias envidraçadas, com estores, e em tabique, possuindo corredor de distribuição a NE.; no corpo adossado, os antigos balneários, surgem as actuais instalações sanitárias, tendo nas paredes placas de mármore reaproveitadas e azulejos monocromos, e uma sala de estar, com ampla janela para o exterior. A SO. do terrapleno interior, surge a CAPONNIÈRE ladeada por duas galerias de escarpa, antigos quartéis, apresentando as fachadas viradas ao fosso rebocadas e pintadas de ocre, terminadas em cornija, rasgadas por frestas de tiro, molduradas, nas galerias e nas faces da caponnière e por porta de verga recta de acesso ao fosso. É acedida por uma poterna no terrapleno interior, em arco abatido, com portão de ferro envidraçado, encimada por cornija e pala de ferro, ladeada, à direita, por instalações sanitárias (anteriormente dos soldados), sob o reparo, e apresentando para a escarpa interior 3 frestas de tiro, com molduras superiormente avançadas, pintadas a ocre. Da poterna parte corredor inclinado, com pavimento e rodapé em chapa metálica e cobertura em falsa abóbada de berço, apresentando, a meio, ventilador e, ao fundo, portas para o interior, de verga abatida. No INTERIOR, a caponnière tem duas alas longitudinais, separadas por quatro amplos arcos abatidos sobre largos pilares com cunhais e rodapé de cantaria, e as galerias ou quartéis da escarpa possuem igualmente duas alas, mas paralelas à escarpa, com seis pilares quadrados de cantaria, de capitel bastante saliente, alguns com reforço de ferro. Apresentam as paredes pintadas a branco, pavimento em betonilha pigmentada e tecto em placa com vigas em I; a porta da caponnière para o fosso tem guarda-vento em vidro. COFRES - ARQUIVO II: planta composta por corpo trapezoidal irregular, moderno, e por duas alas poligonais, correspondentes aos antigos cofres, articulados por saguões de iluminação e ventilação. Fachada principal correspondendo à contra escarpa do fosso, revestida a alvenaria de pedra rebocada e pintada de ocre, rasgada, no corpo central, por três portas de verga recta, e, nas alas laterais, por módulos de quatro / cinco frestas de tiro, molduradas, centrados por portas rectilíneas. INTERIOR com paredes de alvenaria rebocada ou de betão e tectos de lajes ou também de betão, pintadas de branco, e pavimentos em betonilha pigmentada. No piso térreo a articulação entre as zonas antigas, de espaço amplo com câmaras intermédias poligonais, e a recente, seccionada por divisórias envidraçadas, é feita através de saguões, de paredes envidraçadas, cobertos por grelha metálica. No sub-piso, não existe esta articulação e as alas poligonais ou os cofres, a esquerda com um espaço amplo e a direita com três, igualmente com câmaras intermédias poligonais, comunicam com o edifício central por túneis; a ligação entre os dois pisos dos cofres é feita por escadas, na ala esquerda com guarda plena, e na oposta, de lanços convergentes e vão inferior, com guarda de ferro.
Utilização Inicial
Militar: reduto
Utilização Actual
Cultural: Departamento de Informação, Biblioteca e Arquivos (Horário da Biblioteca e Arquivo do Sistema de Informação do Património Arquitectónico: 2ª à 5ª feira, das 13:00 às 16:30)
Propriedade
Pública: estatal
Afectação
IHRU, auto de reafectação de 14 de Março de 2005
Época Construção
Séc. 19 / 20
Tipologia
Arquitectura militar, oitocentista. Reduto de planta pentagonal irregular, composta por face comprida, dois flancos menores e gola, tendo na linha média uma caponnière, voltada à retaguarda, coberto por reparo, rodeado por fosso, com contra escarpa em alvenaria de pedra, e com esplanada, de acentuada pendente para o exterior, cobrindo frontalmente corpo trapezoidal irregular, formando duas massas de terra sobrepostas, criando a ilusão de um pequeno outeiro. Segue a tipologia das fortificações voltadas para o interior do recinto, fazendo do terrapleno interior o centro de todas as actividades desenvolvidas no reduto e pelo qual se articulavam os três principais núcleos construtivos. Portal principal rasgado na gola, precedido inicialmente por ponte levadiça, flanqueado por casa da guarda, rasgada por frestas de tiro, a partir do qual se desenvolve túnel de perfil curvo de acesso ao terrapleno interior. À esquerda deste surge o edifício central com piso térreo trapezoidal, parcialmente enterrado, e o segundo rectangular, com fachadas de um e dois pisos, terminadas em platibanda, a fachada principal rasgada regularmente, no primeiro piso por portais e duas janelas em arco de volta perfeita, e, no segundo, por janelas de verga abatida, de diferentes molduradas. No interior possui, no piso térreo, compartimentos acasamatados, dispostos paralelamente, os frontais virados ao terrapleno interior, com pilares centrais, e os posteriores integrando vários paióis, circundados por corredores de distribuição, em falsa abóbada de berço, com elevadores de comunicação e, nos extremos laterais do edifício, dois outros corredores transversais que comunicam com o edifício sob a esplanada. À direita do terrapleno interior existe poterna para a caponnière, ladeado por quartéis da gola, com fachadas viradas ao fosso rasgadas por portas de verga recta e frestas de tiro. Os cofres sob a esplanada, de dois pisos, possuem igualmente portas de verga recta e frestas de tiro. O projecto do reduto baseia-se no traçado dos fortes que na época eram construídos na Europa, em que todas as instalações do pessoal, material e galerias de comunicação têm cobertura de "beton", ou seja, vigas de aço de carris de caminho de ferro interligadas com material de enchimento, composto por pedra miúda, areia e cal gorda, cobertas por espessas massas de terra, que absorviam o impacto dos projécteis de artilharia e o mantinham imperceptível do exterior. Jardim contemporâneo, com características mediterrânicas e prevalência de espécies vegetais endémicas e materiais adaptados às condições edafoclimáticas do local.
Características Particulares
Reduto dissimulado na paisagem, dadas as estruturas construídas se inserirem em taludes, e considerado fundamental para a defesa de Lisboa, devido à implantação privilegiada, dominando uma das principais entradas da capital, a ponte sobre o rio Trancão e o próprio rio, parte do rio Tejo e o caminho-de-ferro. Constitui um dos exemplares mais valiosos e característicos do sistema defensivo terrestre conhecido pelo Recinto de Segurança Sacavém-Caxias e uma das fortificações da 1ª linha do Campo Entrincheirado que acabou por ser construído, juntamente com o Reduto de Monsanto, o Forte da Ameixoeira e o de Caxias. Destaca-se ainda pelo facto das obras recentes de reconversão funcional terem procurado respeitar a sua tipologia e características construtivas, tendo-se, por exemplo, mantido o antigo sistema de ventilação e arejamento dos paióis e casamatas, o forro de madeira e prateleiras para o armamento num dos paióis, as comunicações por túnel, grande parte das construções isoladas sob os taludes, etc.. A planimetria adoptada deve-se à preferência pelos fogos frontais relativamente aos flanqueantes, virando-se a face maior ao principal eixo de aproximação, vocacionada principalmente para tiro de artilharia, os flancos menores também preparadas para a artilharia, fazendo-se tiro do flanco esquerdo com peças de longo alcance para bater os intervalos entre os redutos, e do direito sobre o rio Tejo e a margem direita, enquanto a gola com a caponnière era apropriada para a defesa da retaguarda com tiro de infantaria. O reduto era constituído por um reparo parcialmente em aterro e a esplanada regularizada com as terras da escavação do terrapleno interior. Apresenta portal de maiores dimensões do que o túnel de acesso ao terrapleno interior, impedindo a entrada de carros e criando a ilusão ao atacante de uma facilidade de entrada que não existia, e o túnel com perfil em duplo cotovelo, impedia o ataque directo ao terrapleno interior a partir do exterior. Inicialmente, o portal era servido por ponte levadiça, levantada por guincho, a partir de um compartimento acasamatado ao abrigo de bombardeamentos. Inicialmente, o fosso só tinha acesso a partir da contra escarpa, junto ao portal de acesso ao reduto, datando o portal existente a SO. da 1ª metade do séc. 20. O edifício central era constituído apenas pelo piso térreo, tendo o segundo sido construído em 1939, aquando da adaptação do reduto a depósito de munições de infantaria; no vestíbulo do andar superior conservaram-se, nas obras recentes, dois armários para colocação das armas e munições individuais, em ferro, elementos que existiam ao logo das camaratas. A caponnière e quartéis da gola possuem interiormente vários pilares quadrados de sustentação da placa. Sob a esplanada, for recentemente construído um corpo poligonal irregular, interligando os chamados cofres, paióis situados na zona mais protegida do reduto, sob o parapeito da face frontal, mas perfeitamente integrado e de características semelhantes aos demais edifícios. Os espaços exteriores ajardinados apresentam desenho de acordo com as linhas definidoras do reduto.
Dados Técnicos
Paredes autoportantes e estrutura autónoma. Aterros e escavações, muros de suporte, rede de rega sob pressão automática: aspersão, gota-a-gota. Rede de drenagem pluvial, subterrânea.
Materiais
Paredes de alvenaria rebocada, de tijolo furado e de betão, pintadas; tectos em lajes com perfis de aço e material de enchimento e de betão, pintados, e tectos falsos em placas de gesso cartonado e em painéis sanduich; pavimentos em soalho de madeira de jatobá, em betonilha com tinta époxi, cerâmico em chapas de aço inox; rodapés em aço inoxidável; paredes da copa e instalações sanitárias com azulejos monocromos e placas de mármore; portas de chapa de ferro metalizado ou aço inoxidável; guarda ventos, portas e janelas com vidros simples; divisórias envidraçadas corta-fogo; divisórias envidraçadas com persianas; vidros duplo fosco; persianas de lâminas de alumínio; caixilharia e portas em aço inox; cobertura do 2º piso do edifício central em telha e do edifício de apoio logístico em chapa de zinco; taludes em terra; escadas em sulipas de madeira; pavimentos em betonilha esquartelada, gravilha, cubos de basalto; lancis dos canteiros em contraplacado marítimo. Vegetal: árvores: laranjeira, freixo, jacarandá, amoreira-branca, oliveira, amendoeira-doce, pessegueiro, damasqueiro, cerejeira, salgueiro-branco; arbustos: hibisco, alfazema, murta, alecrim, roseira-trepadeira, cinerária-marítima, salvia; herbáceas: planta-cigarro, gentiana, morangueiro-silvestre, erva-de-são-joão, hortênsia, lírio, oregãos, santolina, serpilho, amores-perfeitos; bolbosas: fresia, flor-de-merendera; manta orgânica de empalhamento
Intervenção Realizada
1891 - obras de abastecimento de água; 1906 - melhoramentos no acesso ao forte, a partir do Lg. da Estação; 1966 - reposição das condições de estabilidade no talude do reduto, alterado pela construção clandestina de um telheiro de betão pela Empresa "Sociedades Reunidas Reis, Ldª"; 1970 - reparação da instalação eléctrica dos paióis; 1983 - remodelação da casa nº 38; DGEMN: 1998 / 1999 / 2000 - início da 1ª fase das obras de adaptação do Forte de Sacavém a arquivos da DGEMN (paióis da gola sob o talude central e caponnière - Edifício Arquivo I e portaria): impermeabilização das lajes superiores e do pavimento, substituição de rebocos, tratamento dos perfis do tecto e substituição de caixilhos; instalação das infraestruturas; redesenho do antigo núcleo de latrinas, com manutenção das funções e criação de espaço para colocação das máquinas; projecto de aquecimento, ventilação e ar condicionado da autoria do Eng. Mecânico José Manuel Carneiro Moniz; projecto de instalações de segurança (sistema de detecção e alarme de incêndio, sistema de detecção e alarme de intrusão, sistema de vigilância, de controle de acessos), do Eng. Electrotécnico Luís Maria Aragão Guedes Ramos; projecto de instalações e equipamentos eléctricos e telefónicos do Eng. Electrotécnico José Avelino Amardor Patriarca; fornecimento e montagem de mobiliário para arquivo da DGEMN, destinado ao armazenamento de peças desenhadas de todos os formatos; 2000 / 2001 - 2ª fase das obras de adaptação do Forte (edifício central - áreas de atendimento público, serviços de apoio e depósitos): elaboração de estudo no âmbito do Acompanhamento da Obra e da Manutenção dos Espaços Exteriores pelo Atelier de Arquitectura Paisagística João Ceregeiro; impermeabilização das lajes do piso térreo encastradas no talude posterior, com movimentos de terras; modelação do talude com recuo do mesmo junto à fachada posterior do edifício central, demolição de anexo junto ao través N. e construção de muro de sustentação em betão armado, rebocado e pintado; remodelação do edifício central do terrapleno interior e das dependências do lado N.; remoção do revestimento ou silhares de azulejos existentes no 1º e 2º piso; reconversão do piso térreo em áreas de acesso ao público e serviços de apoio de documentação e funcionários, com criação de sala de recepção, de uma zona pública ligada a actividades educativas (Exposições, Auditório e Cafetaria) e outra voltada para a consulta propriamente dita (Sala Multimédia, Sala de Leitura e Biblioteca); criação de um percurso interno longitudinal, atravessando as salas voltadas ao terrapleno interior, com vãos moldurados a perfis de aço e portas envidraçadas; pavimentação das zonas públicas a soalho de madeira e zonas de serviço a betonilha pigmentada; conservação de um dos paióis gerais, com tratamento do revestimento de madeira, instalação eléctrica, manutenção dos sistemas de vãos e de ventilação natural para o corredor; adaptação do 2º piso a gabinetes de trabalho, voltados a SO. e corredor de distribuição a NE. definido pelos acessos exteriores; delimitação dos gabinetes por divisórias de estrutura metálica e painéis de vidro, garantido opacidade através de mobiliário entre gabinetes e transparência para o corredor, mas com persianas; criação de instalações sanitárias e de uma sala de estar no anexo dos antigos balneários; instalações especiais: de equipamento eléctrico, instalação e equipamento de AVAC, de telefones e informática, de segurança contra incêndio, de segurança contra intrusão e instalações de água e de esgotos da autoria dos mesmos engenheiros; recuperação dos espaços exteriores: manutenção do perfil original do jardim da palmeira, a N., com a reposição do termo E. do canteiro, e revestimento de espécies aromáticas com sistema de rega automática; reparação dos túneis e da drenagem da área de infiltração sob a área ajardinada a N., criando uma superfície drenante no interior da parede e condução da água para a caixa de esgotos; 2002 / 2003 - 3ª fase das obras de adaptação do Forte a arquivos da DGEMN (paióis do talude exterior - áreas de tratamento arquivístico, laboratorial e de depósitos - Edifício Arquivos II): construção de um edifício novo, em betão armado, encastrado no talude exterior a NE., articulando os dois cofres laterais existentes, para albergar os serviços de tratamento arquivístico e laboratorial e criar novas áreas de depósitos; construção de algumas paredes divisórias interiores e abertura de três vãos de comunicação com o fosso; abertura de dois vãos de ligação em duas câmaras interiores para ligação dois paióis laterais ao corpo central; recuperação das duas alas dos antigos paióis e da área entre elas; reconversão dos espaços interiores; impermeabilização das lajes da cobertura; tratamento dos tectos e paredes, incluindo a construção de paredes duplas ventiladas nas superfícies confinantes com terra; colocação de novos caixilhos; entaipamento de algumas portas para o exterior e colocação de máquinas de tratamento de ar no vão; 2006 / 2007 - 4ª fase da obra: reparação geral das paredes interiores e do túnel de acesso à caponnière; no edifício central procedeu-se à reparação da parede e abóbada do túnel N., execução de pavimento em betonilha e reparação e pintura do portão pivotante junto às instalações sanitárias; reparação geral dos tectos e paredes nos corredores N. e S.; nos cofres ou Arquivo II: pintura de paredes, tectos e pavimentos; aplicação de caixilharia nos vãos e divisórias envidraçadas corta-fogo dos depósitos; instalação de dois elevadores na ala ou cofre S.; nas CASAMATAS 7, 8, 9, 10, 11 e 12: reparação e picagem das zonas degradadas em paredes, vãos, portas e pavimentos, incluindo a remoção de azulejos e mosaicos; reparação das vigas metálicas do tecto; execução do pavimento em betonilha e respectiva pintura com tinta époxi; tratamento de rebocos, caiações; execução de vãos que se encontravam tapados com alvenarias de tijolo; colocação de portas de chapa de ferro metalizado e de janela em aço metalizado com assentamento de peitoril; na casamata 9, 10, 11 e 12 procedeu-se à colocação de gradeamento de chapa de aço metalizado; na casamata 12 executaram-se duas escadas de acesso e colocou-se estrutura metálica para protecção do acesso às mesmas; na zona dos antigos estábulos: demolição dos edifícios existentes; reparação do muro confinante com o antigo edifício e construção de pequeno edifício para apoio logístico, com características semelhantes aos restantes do reduto, mas com placas do tipo VIROC nas fachadas; construção de em cais no fosso, a NE., junto ao portal posterior do edifício central, e escadas de acesso, em betão, com 2 patamares; pintura do portão do cais e colocação de pala de resguardo; reparação geral dos muros do cais; reparação geral do túnel de acesso ao reduto; pintura do portão principal; na sala de apoio à segurança: reparação geral de paredes, tectos, vãos de janelas e portas; caiações; colocação de caixilharias nos vãos; recuperação do silhar de azulejos; reparação das portas metálicas dos armários do mesmo espaço; reparação geral dos pavimentos, paredes e tecto e electrificação da casa do guincho; alargamento do portão de acesso ao fosso, a SO., com alteração do perfil de arco de volta perfeita, com aduelas rusticadas, para verga recta simples, de betão; colocação de portão em chapa de ferro metalizado; revestimento dos taludes com manta orgânica de empalhamento, seguida de sementeira automática com mistura de sequeiro; limpeza, recuperação de superfícies do talude interior; iluminação exterior do forte; reparação geral dos rebocos da contra escarpa do fosso, incluindo caiação; regularização do terreno do fosso; execução de escadas e patamares moldados nos taludes; reparação geral da rede da vedação existente no perímetro do reduto; demolição dos tanques de lavar a roupa; construção de reservatório de água no fosso; colocação de inscrição metálica identificativa junto aos principais edifícios; pavimentação do fosso em saibro compactado e criação de jardins a S..
Autor e Data : Teresa Furtado 1997 / Sofia Diniz 2001 / Paula Noé e Luísa Estadão 2007 - DGEMN)
Mais Ligações:
Forte de Sacavém - pt.wikipedia
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