quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Chrome é o 2 Browser Preferido

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Já está disponível para download a versão beta do browser Google Chrome 17, que a empresa diz ser capaz de carregar páginas da Internet de forma "instantânea". O Chrome, nascido em 2008, já ultrapassou o Firefox no top 3 dos browsers mais usados pelos utilizadores em todo o mundo.
 


 
O Chrome está no segundo posto e é usado por 27,9% dos que navegam na Net, abaixo do número dos que utilizam a aplicação o Internet Explorer (37,6%), e acima dos 25,04 % que usam o Firefox, de acordo com os dados disponibilizados pela entidade de estatísticas web StatCounter.
São já 200 milhões os utilizadores do Chrome, segundo a empresa, mas chegar à liderança e superar o Internet Explorer, é, para já, um objectivo que a Google se recusa a confessar.
O gigante da tecnologia está satisfeito com a conquista do segundo lugar e mantém o mantra que acredita conter a fórmula do crescimento do Chrome: "velocidade, simplicidade e segurança". "O plano é continuar a focarmo-nos no utilizador e achamos que o sucesso está a acontecer porque temos estado muito concentrados nestes três vectores chave de criação de valor", explica Rahul Roy Chowdhury, que conversou com o JN, por telefone, a partir do seu escritório na sede da empresa em Mountain View, California, nos EUA.
 



 
Em três anos, esta é já a 17ª versão do Chrome. A estratégia da Google é manter o mesmo dinamismo de lançamento de novas variações, em desenvolvimentos que a empresa quer que sejam constantes e próximos dos utilizadores.
Na nova versão, assim que o utilizador comece a preencher um URL na barra de endereços, o Chrome começa a carregar essa página em background. Por isso, diz o blog oficial com informação sobre o Chrome, o tempo entre o carregar no Enter e a página estar completamente aberta reduz-se. "Nalguns casos, o site abre-se instantaneamente".
Quanto melhor for a experiência de navegar na Internet, melhor será para a Google como um todo. Foi este o "leitmotiv" do Chrome e ainda continua a ser, até porque, assume o responsável pelo desenvolvimento do browser, "há ainda muito trabalho a fazer". "Queremos torná-lo ainda mais rápido e melhorar a sua performance", diz, acrescentando que apesar de haver "muitos outros factores externos" a condicionar as escolhas dos utilizadores, a empresa tem que continuar a concentrar-se naquilo que consegue controlar, "que é fazer um bom produto".
A vontade da empresa é haver cada vez mais pessoas a navegar na World Wide Web e mantê-las online o maior tempo possível. "O Chrome tem o objectivo de fazer ver às pessoas o quão boa a web pode ser. Portanto queremos que as pessoas se apercebam que a Net é rápida, simples e segura", afirma Rahul Roy Chowdhury.
O que equivale a dizer que a Google quer que haja mais olhos a quem mostrar anúncios. O Chrome é portanto um ponta de lança na estratégia que levou a Google ao topo do mundo: organizar o caos informativo, oferecer serviços gratuitos de que as pessoas gostem, conhecer os hábitos e preferências dos produtores e consumidores de informação e ganhar dinheiro a mostrar-lhes anúncios personalizados. O negócio publicitário vale 97% das receitas da empresa, que totalizaram, em 2010, perto de 23 mil milhões de euros.
A privacidade é, naturalmente, uma das questões que se levantam quando uma empresa tem tanta capacidade de acumular dados sobre os comportamentos online das pessoas. Empresas como o Facebook ou a Google enfrentam constantemente acusações de utilização indevida dos dados dos seus utilizadores.
Confrontado com o que faz a Google com os dados que recolhe sobre os que utilizam o Chrome e os outros serviços da empresa, o responsável responde que "a Google leva muito a sério a privacidade", e que nunca "usa os dados privados das pessoas para outro propósito que não seja o de melhorar o produto". É, continua Chowdhury, essencial que as pessoas confiem totalmente na empresa a quem confiam a sua informação, ficheiros, fotos e documentos. Na era da computação em nuvem, qualquer quebra nessa confiança será "o beijo da morte. Não há nada que se possa fazer para recuperar de uma falha desse tipo", conclui.

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