quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Davi Como Rei de Israel

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A notícia trágica da morte de Saul afligiu muito a Davi. Que o seu arquiinimigo estava morto não o atingiu tanto como o fato de que caíra o ungido de Jeová. Em lamentação, Davi compôs uma endecha, intitulada “O Arco”. Nela ele lamenta que seu pior inimigo e seu melhor amigo haviam caído juntos em batalha — “Saul e Jonatã, os amáveis e os agradáveis durante a sua vida, e não foram separados na sua morte”. — 2Sa 1:17-27.
Davi mudou-se então para Hébron, onde, à idade de 30 anos, os anciãos de Judá o ungiram rei sobre a tribo deles, em 1077 AEC. O filho de Saul, Is-Bosete, foi constituído rei sobre as outras tribos. Cerca de dois anos mais tarde, porém, Is-Bosete foi assassinado, seus agressores levando a cabeça dele a Davi, esperando receber uma recompensa, mas eles também foram mortos, assim como fora o pretenso matador de Saul. (2Sa 2:1-4, 8-10; 4:5-12) Isto pavimentou o caminho para que as tribos que até então haviam apoiado o filho de Saul se juntassem a Judá, e, com o tempo, juntou-se uma força de 340.822, e Davi foi constituído rei de todo o Israel. — 2Sa 5:1-3; 1Cr 11:1-3; 12:23-40
Governo em Jerusalém.

Davi governou sete anos e meio em Hébron, antes de mudar sua capital, sob a direção de Jeová, para a capturada fortaleza jebusita, Jerusalém. Ali construiu a Cidade de Davi, em Sião, e continuou a governar por mais 33 anos. (2Sa 5:4-10; 1Cr 11:4-9; 2Cr 6:6) Enquanto morava em Hébron, o Rei Davi tomou mais esposas, fez com que Mical lhe fosse devolvida, e gerou numerosos filhos e filhas. (2Sa 3:2-5, 13-16; 1Cr 3:1-4) Depois de mudar-se para Jerusalém, Davi tomou ainda mais esposas e concubinas, as quais, por sua vez, lhe deram mais filhos. — 2Sa 5:13-16; 1Cr 3:5-9; 14:3-7.
Quando os filisteus souberam que Davi era rei de todo o Israel, vieram para depô-lo. Como no passado (1Sa 23:2, 4, 10-12; 30:8), Davi indagou a Jeová quanto a se devia subir contra eles. “Sobe”, foi a resposta, e Jeová lançou-se com tal sobrepujante destruição sobre o inimigo, que Davi chamou o lugar de Baal-Perazim, que significa “Senhor [Dono] das Rupturas”. Num novo confronto, a estratégia de Jeová mudou, e ele ordenou a Davi contornar os filisteus e golpeá-los pela retaguarda. — 2Sa 5:17-25; 1Cr 14:8-17.
Davi tentou trazer a arca do pacto para Jerusalém, mas isto falhou quando Uzá tocou nela e foi golpeado. (2Sa 6:2-10; 1Cr 13:1-14) Uns três meses mais tarde, com preparativos cuidadosos, que incluíam a santificação dos sacerdotes e dos levitas, e certificando-se de que a Arca fosse carregada nos ombros deles, em vez de ser colocada numa carroça, como da primeira vez, ela foi levada para Jerusalém. Davi, trajado de modo simples, externou sua alegria e entusiasmo nessa importante ocasião, “pulando e dançando diante de Jeová”. Mas a sua esposa Mical censurou a Davi, dizendo que ele se comportara “assim como um dos homens inanes”. Por causa desta queixa injustificada, Mical “não veio a ter nenhum filho até o dia da sua morte”. — 2Sa 6:11-23; 1Cr 15:1-29.
Davi também tomou medidas para expandir a adoração de Jeová na nova localização da Arca por designar porteiros e músicos, e por providenciar que fossem feitas “ofertas queimadas . . . constantemente, de manhã e à noitinha”. (1Cr 16:1-6, 37-43) Ademais, Davi pensou em construir um templo-palácio de cedro para abrigar a Arca, em lugar da sua tenda. Mas Davi não recebeu permissão para construir tal casa, pois Deus disse: “Derramaste sangue em grande quantidade e travaste grandes guerras. Não construirás uma casa ao meu nome, porque derramaste diante de mim grande quantidade de sangue na terra.” (1Cr 22:8; 28:3) No entanto, Jeová fez um pacto com ele, prometendo que o reinado permaneceria para sempre na sua família, e, em conexão com este pacto, Deus assegurou-lhe que seu filho Salomão, cujo nome deriva duma raiz que significa “paz”, construiria o templo. — 2Sa 7:1-16, 25-29; 1Cr 17:1-27; 2Cr 6:7-9; Sal 89:3, 4, 35, 36.
Foi, portanto, em harmonia com este pacto do reino que Jeová permitiu que Davi expandisse seu domínio territorial desde o rio do Egito até o Eufrates, consolidando suas fronteiras, conservando a paz com o rei de Tiro, combatendo e conquistando inimigos por todos os lados — filisteus, sírios, moabitas, edomitas, amalequitas e amonitas. (2Sa 8:1-14; 10:6-19; 1Rs 5:3; 1Cr 13:5; 14:1, 2; 18:1-20:8) Essas vitórias, concedidas por Deus, fizeram de Davi um governante muito poderoso. (1Cr 14:17) Contudo, Davi sempre estava cônscio de que esta posição não fora adquirida por conquista ou por herança, mas provinha de Jeová, que o colocara no trono desta teocracia típica.

Fim do reinado

Nos dias finais da vida de Davi, o rei, já com 70 anos, confinado ao leito, continuou a colher a calamidade na sua família. Seu quarto filho, Adonias, sem o conhecimento ou o consentimento de seu pai, e, pior, sem a aprovação de Jeová, tentou constituir-se rei. Quando esta notícia chegou a Davi, ele agiu rapidamente para que seu filho Salomão, o escolhido de Jeová, fosse empossado oficialmente como rei e se sentasse no trono. (1Rs 1:5-48; 1Cr 28:5; 29:20-25; 2Cr 1:8) Davi aconselhou então Salomão a andar nos caminhos de Jeová, a guardar os Seus estatutos e os Seus mandamentos, a agir com circunspeção em tudo, pois assim haveria de prosperar. — 1Rs 2:1-9.
Após um reinado de 40 anos, Davi morreu e foi sepultado na Cidade de Davi, tendo-se mostrado digno de ser incluído na lista honrosa, feita por Paulo, das testemunhas que se notabilizaram pela fé. (1Rs 2:10, 11; 1Cr 29:26-30; At 13:36; He 11:32) Ao citar o Salmo 110, Jesus disse que Davi o escrevera “por inspiração”.

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