segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Por que é a santificação do nome de Deus de importância primária?

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O inteiro relato bíblico gira em torno desta questão e da sua solução, e manifesta o propósito primário de Jeová Deus: a santificação do seu próprio nome. Esta santificação exige limpar o nome de Deus de todo o vitupério e de todas as acusações falsas, isto é, a sua vindicação. No entanto, muito mais do que isso, exige que o nome seja honrado como sagrado por todas as criaturas inteligentes no céu e na terra. Isto, por sua vez, significa reconhecerem e respeitarem a posição soberana de Jeová, de modo voluntário, com o desejo de servi-lo, deleitando-se em fazer a vontade divina por amor a Ele. A oração de Davi a Jeová, no Salmo 40:5-10, expressa bem esta atitude e a verdadeira santificação do nome de Jeová. (Note a aplicação a Cristo Jesus que o apóstolo faz de trechos deste salmo em He 10:5-10.)

Portanto, da santificação do nome de Jeová dependem a boa ordem, a paz e o bem-estar de todo o universo e seus habitantes. O Filho de Deus mostrou isto, ao mesmo tempo indicando o meio de Jeová realizar seu propósito, quando ensinou a seus discípulos que orassem a Deus: “Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mt 6:9, 10) Este propósito primário de Jeová fornece a chave para se entender o motivo por trás das ações de Deus e seus tratos com Suas criaturas, conforme delineados na Bíblia inteira.

Assim, verificamos que a nação de Israel, cuja história constitui grande parte do registro da Bíblia, foi escolhida para ser um ‘povo para o nome’ de Jeová. (De 28:9, 10; 2Cr 7:14; Is 43:1, 3, 6, 7) O pacto da Lei de Jeová, feito com eles, atribuía importância primária a que dessem devoção exclusiva a Jeová como Deus, e não tomassem seu Nome de modo fútil, “pois Jeová não deixará impune aquele que tomar seu nome dum modo fútil”. (Êx 20:1-7; compare isso com Le 19:12; 24:10-23.) Pela demonstração de seu poder de salvar, e de seu poder de destruir, ao libertar Israel do Egito, o nome de Jeová foi “declarado em toda a terra”, a sua fama precedendo Israel em sua marcha para a Terra da Promessa. (Êx 9:15, 16; 15:1-3, 11-17; 2Sa 7:23; Je 32:20, 21) Como o expressou o profeta Isaías: “Assim conduziste o teu povo, a fim de fazer para ti mesmo um belo nome.” (Is 63:11-14) Quando Israel mostrou uma atitude rebelde no ermo, Jeová lidou misericordiosamente com ele e não o abandonou. Outrossim, Ele revelou seu motivo básico, ao dizer: “Eu prossegui, agindo em prol do meu próprio nome, para que não fosse profanado perante os olhos das nações.” — Ez 20:8-10.

Em toda a história daquela nação, Jeová a manteve cônscia da importância do Seu nome sagrado. A capital, Jerusalém, com seu monte Sião, era o lugar que Jeová escolheu “para nele colocar seu nome, para fazê-lo residir ali”. (De 12:5, 11; 14:24, 25; Is 18:7; Je 3:17) O templo construído naquela cidade era a ‘casa para o nome de Jeová’. (1Cr 29:13-16; 1Rs 8:15-21, 41-43) O que era feito naquele templo, ou naquela cidade, para o bem ou para o mal, inevitavelmente refletia no nome de Jeová, e merecia a Sua atenção. (1Rs 8:29; 9:3; 2Rs 21:4-7) A profanação do nome de Jeová ali resultaria na destruição certa da cidade e levaria à rejeição do próprio templo. (1Rs 9:6-8; Je 25:29; 7:8-15; compare isso com as ações e as palavras de Jesus em Mt 21:12, 13; 23:38.) Devido a estes fatos, as petições suplicantes de Jeremias e de Daniel, a favor do povo e da cidade deles, imploravam a Jeová que concedesse misericórdia e ajuda ‘por causa do Seu próprio nome’. — Je 14:9; Da 9:15-19.

Ao predizer a restauração dos do povo que levava Seu nome a Judá, e a purificação deles, Jeová de novo lhes tornou claro qual era Sua principal preocupação, afirmando: “E eu me compadecerei do meu santo nome.” “‘Não é por vós que faço isso, ó casa de Israel, mas por meu santo nome que tendes profanado entre as nações nas quais entrastes.’ ‘E hei de santificar meu grande nome que tem sido profanado . . .; e as nações terão de saber que eu sou Jeová’, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová, ‘quando eu for santificado entre vós diante dos seus olhos’.” — Ez 36:20-27, 32.

Estes e outros textos mostram que Jeová não exagera a importância da humanidade. Sendo todos os homens pecadores, eles são, com justiça, dignos de morte, e é somente pela benignidade imerecida e pela misericórdia de Deus que alguns ganharão a vida. (Ro 5:12, 21; 1Jo 4:9, 10) Jeová nada deve à humanidade, e a vida eterna para os que a obtiverem será uma dádiva, e não algo que mereçam ganhar. (Ro 5:15; 6:23; Tit 3:4, 5) Na verdade, Ele tem demonstrado inigualável amor para com o gênero humano. (Jo 3:16; Ro 5:7, 8) Mas, é contrário aos fatos bíblicos e coloca os assuntos na perspectiva errada considerar a salvação humana como a questão mais importante ou o critério por meio do qual se possa medir a justiça, a retidão e a santidade de Deus. O salmista expressou a verdadeira perspectiva dos assuntos quando, de forma humilde e com admiração, exclamou: “Ó Jeová, nosso Senhor, quão majestoso é o teu nome em toda a terra, tu, cuja dignidade é narrada acima dos céus! . . .
Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele, e o filho do homem terreno para que tomes conta dele?” (Sal 8:1, 3, 4; 144:3; compare isso com Is 45:9; 64:8.) A santificação do nome de Jeová Deus significa corretamente mais do que a vida de toda a humanidade. Assim, como mostrou o Filho de Deus, o homem deve amar seu semelhante como a si próprio, mas tem de amar a Deus de todo o coração, mente, alma e força. (Mr 12:29-31) Isto significa amar a Jeová Deus mais do que a parentes, amigos ou a própria vida. — De 13:6-10; Re 12:11; compare isso com a atitude dos três hebreus, em Da 3:16-18Este conceito bíblico dos assuntos não deve afugentar as pessoas, mas, antes, deve fazer com que apreciem ainda mais o verdadeiro Deus. Visto que Jeová poderia, com plena justiça, acabar com toda a humanidade pecadora, isto exalta ainda mais a grandeza de Sua misericórdia e benignidade imerecida em salvar alguns dentre a humanidade para a vida. (Jo 3:36) Ele não tem nenhum prazer na morte dos iníquos (Ez 18:23, 32; 33:11); todavia, tampouco permite que os iníquos escapem da execução de Seu julgamento. (Am 9:2-4; Ro 2:2-9) Ele é paciente e longânime, visando a salvação dos obedientes (2Pe 3:8-10), todavia, não tolerará para sempre uma situação que traz vitupério ao seu sublime nome. (Sal 74:10, 22, 23; Is 65:6, 7; 2Pe 2:3) Ele mostra compaixão e compreensão para com as fraquezas humanas, perdoando “amplamente” os arrependidos (Sal 103:10-14; 130:3, 4; Is 55:6, 7), mas não exime as pessoas das responsabilidades que legitimamente levam por causa das suas ações, e dos efeitos que tais ações exercem sobre elas mesmas e sua família. Ceifam aquilo que semeiam. (De 30:19, 20; Gál 6:5, 7, 8) Assim, Jeová demonstra um belo e perfeito equilíbrio entre a justiça e a misericórdia. Os que têm a perspectiva correta dos assuntos, segundo revelada na Sua Palavra (Is 55:8, 9; Ez 18:25, 29-31), não cometerão o grave erro de considerar frivolamente a Sua benignidade imerecida, ou de ‘desacertar Seu propósito’. — 2Co 6:1; He 10:26-31; 12:29.

Esta Matéria Foi Retirada do Livro "Estudo Perspicaz"
Publicado Pelas Testemunhas de Jeová

E adaptada por
Pedro Ribeiro


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