Capital da antiga nação de Israel, a partir do ano 1070 AEC. Após a divisão da nação em dois reinos (997 AEC), Jerusalém continuou como capital do reino meridional de Judá. Nas Escrituras, há mais de 800 referências a Jerusalém.
Nome
O mais antigo nome registrado da cidade é “Salém”. Ao passo que alguns tentam associar o significado do nome Jerusalém com o de um deus semítico ocidental chamado Salém, o apóstolo Paulo mostra que “paz” é o verdadeiro significado da parte final do nome. A grafia hebraica desta parte final sugere uma forma dual, daí “Paz Dupla”. Em textos acadianos (assírio-babilónicos), a cidade era chamada de Urusalim (ou Ur-sa-li-im-mu). Nesta base, alguns peritos dão o significado do nome como “Cidade de Paz”. Mas a forma hebraica, que logicamente deve prevalecer, aparentemente significa “Posse (Alicerce) da Paz Dupla”.
Muitas outras expressões e títulos foram usados nas Escrituras para se referir à cidade. O salmista, em certo caso, emprega o nome anterior, “Salém”. Outros títulos eram: “cidade de Jeová”, “vila do grandioso Rei” “Cidade de Justiça” e “Vila Fiel”, “Sião” e “cidade santa” . O nome “el Quds”, que significa “a Cidade Santa”, ainda é o nome popular dela em árabe. O nome indicado em mapas atuais de Israel é Yerushalayim.
Muitas outras expressões e títulos foram usados nas Escrituras para se referir à cidade. O salmista, em certo caso, emprega o nome anterior, “Salém”. Outros títulos eram: “cidade de Jeová”, “vila do grandioso Rei” “Cidade de Justiça” e “Vila Fiel”, “Sião” e “cidade santa” . O nome “el Quds”, que significa “a Cidade Santa”, ainda é o nome popular dela em árabe. O nome indicado em mapas atuais de Israel é Yerushalayim.
Localização
Situada comparativamente longe das principais rotas internacionais de comércio, Jerusalém ficava na beira dum ermo árido (o ermo de Judá), com limitadas reservas de água. Todavia, duas rotas internas de comércio cruzavam perto da cidade. Uma ia na direcção Norte -Sul, ao longo do alto do planalto que formava a “espinha dorsal” da antiga Palestina, e esta rota ligava cidades tais como Dotã, Siquém, Betel, Belém, Hébron e Berseba. A segunda rota percorria uma direcção E-O, desde Rabá (a atual ʽAmman), atravessava vales de torrente até a bacia do rio Jordão, subia pelas íngremes encostas de Judá, e então descia, serpenteando, as encostas ocidentais até a costa do Mediterrâneo e a cidade portuária de Jope. Além disso, Jerusalém estava localizada no centro da área global da Terra da Promessa, sendo assim apropriada como centro da administração estatal.
Jerusalém, situada a uns 55 km do mar Mediterrâneo, e a uns 24 km ao Oeste do extremo Norte do mar Morto, fica entre as colinas da cordilheira central. Sua altitude de cerca de 750 m acima do nível do mar a tornava uma das capitais mais elevadas do mundo daquele tempo. Sua “elevação” é mencionada nas Escrituras, e os viajantes tinham de ‘subir’ das planícies costeiras para chegar à cidade. O clima é agradável, com noites frescas, uma temperatura média anual de 17°C, e uma precipitação pluviométrica anual de cerca de 630 ml, chovendo principalmente entre Novembro e Abril.
Apesar de sua altitude, Jerusalém não sobressai às terras circundantes. O viajante só consegue divisar plenamente a cidade quando já está bem perto dela. Ao L de Jerusalém, o monte das Oliveiras ergue-se por uns 800 m. Ao N dele, o monte Scopus atinge cerca de 820 m, e as colinas circundantes, ao S e ao O, ascendem até 835 m. Estas elevações dão uma idéia da situação em relação ao monte do Templo (c. 740 m).
Em épocas de guerra, esta situação pareceria constituir uma séria desvantagem. No entanto, esta era compensada por estar a cidade cercada, em três lados, por vales ladeados por íngremes paredões: o vale da torrente do Cédron, ao leste, e o vale de Hinom, ao sul e ao oeste. Um vale central, pelo que parece mencionado por Josefo como vale de Tiropeom (ou “dos Fabricantes de Queijo”), cortava a área da cidade em colinas ou contrafortes oriental e ocidental. (The Jewish War [A Guerra Judaica], V, 136, 140 [iv, 1]) Este vale central ficou consideravelmente aterrado no decorrer dos séculos, mas o visitante ainda precisa empreender uma descida bastante inclinada até uma cavidade central e então subir o outro lado, ao atravessar a cidade. Há evidência de que, além do vale central N-S, mais dois vales ou depressões menores na direcção E-O dividiam ainda mais as colinas, um deles cortando a colina oriental e o outro, a ocidental.
As ladeiras íngremes dos vales parecem ter sido incorporadas no sistema de muralhas defensivas da cidade em todas as épocas. O único lado da cidade que não dispunha duma defesa natural era o do N, e ali as muralhas eram especialmente fortes. Quando o general Tito atacou a cidade em 70 EC, segundo Josefo, viu-se confrontado com três muralhas sucessivas daquele lado.
Jerusalém, situada a uns 55 km do mar Mediterrâneo, e a uns 24 km ao Oeste do extremo Norte do mar Morto, fica entre as colinas da cordilheira central. Sua altitude de cerca de 750 m acima do nível do mar a tornava uma das capitais mais elevadas do mundo daquele tempo. Sua “elevação” é mencionada nas Escrituras, e os viajantes tinham de ‘subir’ das planícies costeiras para chegar à cidade. O clima é agradável, com noites frescas, uma temperatura média anual de 17°C, e uma precipitação pluviométrica anual de cerca de 630 ml, chovendo principalmente entre Novembro e Abril.
Apesar de sua altitude, Jerusalém não sobressai às terras circundantes. O viajante só consegue divisar plenamente a cidade quando já está bem perto dela. Ao L de Jerusalém, o monte das Oliveiras ergue-se por uns 800 m. Ao N dele, o monte Scopus atinge cerca de 820 m, e as colinas circundantes, ao S e ao O, ascendem até 835 m. Estas elevações dão uma idéia da situação em relação ao monte do Templo (c. 740 m).
Em épocas de guerra, esta situação pareceria constituir uma séria desvantagem. No entanto, esta era compensada por estar a cidade cercada, em três lados, por vales ladeados por íngremes paredões: o vale da torrente do Cédron, ao leste, e o vale de Hinom, ao sul e ao oeste. Um vale central, pelo que parece mencionado por Josefo como vale de Tiropeom (ou “dos Fabricantes de Queijo”), cortava a área da cidade em colinas ou contrafortes oriental e ocidental. (The Jewish War [A Guerra Judaica], V, 136, 140 [iv, 1]) Este vale central ficou consideravelmente aterrado no decorrer dos séculos, mas o visitante ainda precisa empreender uma descida bastante inclinada até uma cavidade central e então subir o outro lado, ao atravessar a cidade. Há evidência de que, além do vale central N-S, mais dois vales ou depressões menores na direcção E-O dividiam ainda mais as colinas, um deles cortando a colina oriental e o outro, a ocidental.
As ladeiras íngremes dos vales parecem ter sido incorporadas no sistema de muralhas defensivas da cidade em todas as épocas. O único lado da cidade que não dispunha duma defesa natural era o do N, e ali as muralhas eram especialmente fortes. Quando o general Tito atacou a cidade em 70 EC, segundo Josefo, viu-se confrontado com três muralhas sucessivas daquele lado.
Pesquisas Arqueológicas
Embora se tenham feito muitas pesquisas e escavações, descobriram-se poucos fatos concretos a respeito da cidade dos tempos bíblicos. Diversos factores têm restringido as investigações ou limitado seu valor. Jerusalém esteve quase que continuamente habitada na Era Comum, reduzindo assim em muito a área disponível para escavações. Por outro lado, também, a cidade foi destruída diversas vezes, construindo-se novas cidades por cima das ruínas, muitas vezes, em parte, com o material dessas ruínas. O acumulo de escombros e entulhos, em alguns lugares atingindo a profundidade de uns 30 m, tem obscurecido os primitivos contornos deste lugar e tornado a interpretação da evidência escavada uma tarefa precária. Desenterraram-se algumas secções da muralha, de reservatórios, túneis de água e sepulcros antigos, mas muito poucos escritos. As principais descobertas arqueológicas procederam do morro que fica ao SE, agora fora das muralhas da cidade.
A principal fonte de informações a respeito da cidade antiga, portanto, continua sendo a Bíblia e a descrição da cidade do primeiro século fornecida pelo historiador judeu Josefo.
Importância da Cidade
A principal fonte de informações a respeito da cidade antiga, portanto, continua sendo a Bíblia e a descrição da cidade do primeiro século fornecida pelo historiador judeu Josefo.
História dos Seus Primórdios
A primeira menção histórica da cidade ocorre na década entre 1943 e 1933 AEC, quando se deu o encontro de Abraão com Melquisedeque. Melquisedeque era “rei de Salém” e “sacerdote do Deus Altíssimo”. No entanto, a origem da cidade e da população que a compunha está tão envolta em obscuridade quanto a origem de seu rei-sacerdote, Melquisedeque.
Pelo que parece, outro evento na vida de Abraão envolvia as cercanias de Jerusalém. Ordenou-se a Abraão que sacrificasse Isaque, seu filho, “num dos montes” na “terra de Moriá”. O templo construído por Salomão foi erguido no “monte Moriá”, num local que anteriormente tinha sido uma eira. Assim, a Bíblia aparentemente associa o local da tentativa de sacrifício por Abraão com a região montanhosa em volta de Jerusalém. Não se revela se Melquisedeque ainda vivia naquela época; mas Salém, provavelmente, continuava sendo um território amistoso para Abraão.
As Tabuinhas de Amarna, escritas por governantes cananeus ao seu suserano egípcio, incluem sete cartas do rei ou governador de Jerusalém (Urusalim). Estas cartas foram escritas antes de os israelitas conquistarem Canaã. Assim, Jerusalém, no período de aproximadamente 465 anos entre o encontro de Abraão e Melquisedeque e a conquista israelita, tinha-se tornado possessão de cananeus camitas, pagãos, e estava sob domínio do Império Egípcio, camita.
O relato da avassaladora conquista de Canaã por Josué alista Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, entre os reis confederados que atacaram Gibeão. Seu nome (que significa “(Meu) Senhor É Justiça”) equivale de perto ao do anterior Rei Melquisedeque (“Rei da Justiça”), de Jerusalém, mas Adoni-Zedeque não era adorador do Deus Altíssimo, Jeová. Na distribuição dos territórios tribais, Jerusalém ficava nos limites entre Judá e Benjamim, a fronteira específica seguindo o vale de Hinom. Isso colocaria pelo menos o que abrangia a posterior “Cidade de Davi”, situada no espinhaço entre os vales do Cédron e de Tiropeom, dentro do território de Benjamim. Pelo que parece, porém, a cidade cananéia possuía povoados ou “subúrbios” adicionais, e parte da área povoada talvez se estendesse ao território de Judá, ao Oeste e ao Sul do vale de Hinom. Atribui-se a Judá a captura inicial de Jerusalém, em Juízes 1:8, mas, depois de as forças invasoras avançarem, os habitantes jebuseus aparentemente permaneceram (ou retornaram) em força suficiente para formar um posterior bolsão de resistência, que nem Judá nem Benjamim conseguiram romper. Assim, diz-se tanto sobre Judá como sobre Benjamim, que os ‘jebuseus continuaram morando com eles em Jerusalém’. Esta situação perdurou por cerca de quatro séculos, e a cidade foi, às vezes, mencionada como “Jebus”, “uma cidade de estrangeiros”.
Pelo que parece, outro evento na vida de Abraão envolvia as cercanias de Jerusalém. Ordenou-se a Abraão que sacrificasse Isaque, seu filho, “num dos montes” na “terra de Moriá”. O templo construído por Salomão foi erguido no “monte Moriá”, num local que anteriormente tinha sido uma eira. Assim, a Bíblia aparentemente associa o local da tentativa de sacrifício por Abraão com a região montanhosa em volta de Jerusalém. Não se revela se Melquisedeque ainda vivia naquela época; mas Salém, provavelmente, continuava sendo um território amistoso para Abraão.
As Tabuinhas de Amarna, escritas por governantes cananeus ao seu suserano egípcio, incluem sete cartas do rei ou governador de Jerusalém (Urusalim). Estas cartas foram escritas antes de os israelitas conquistarem Canaã. Assim, Jerusalém, no período de aproximadamente 465 anos entre o encontro de Abraão e Melquisedeque e a conquista israelita, tinha-se tornado possessão de cananeus camitas, pagãos, e estava sob domínio do Império Egípcio, camita.
O relato da avassaladora conquista de Canaã por Josué alista Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, entre os reis confederados que atacaram Gibeão. Seu nome (que significa “(Meu) Senhor É Justiça”) equivale de perto ao do anterior Rei Melquisedeque (“Rei da Justiça”), de Jerusalém, mas Adoni-Zedeque não era adorador do Deus Altíssimo, Jeová. Na distribuição dos territórios tribais, Jerusalém ficava nos limites entre Judá e Benjamim, a fronteira específica seguindo o vale de Hinom. Isso colocaria pelo menos o que abrangia a posterior “Cidade de Davi”, situada no espinhaço entre os vales do Cédron e de Tiropeom, dentro do território de Benjamim. Pelo que parece, porém, a cidade cananéia possuía povoados ou “subúrbios” adicionais, e parte da área povoada talvez se estendesse ao território de Judá, ao Oeste e ao Sul do vale de Hinom. Atribui-se a Judá a captura inicial de Jerusalém, em Juízes 1:8, mas, depois de as forças invasoras avançarem, os habitantes jebuseus aparentemente permaneceram (ou retornaram) em força suficiente para formar um posterior bolsão de resistência, que nem Judá nem Benjamim conseguiram romper. Assim, diz-se tanto sobre Judá como sobre Benjamim, que os ‘jebuseus continuaram morando com eles em Jerusalém’. Esta situação perdurou por cerca de quatro séculos, e a cidade foi, às vezes, mencionada como “Jebus”, “uma cidade de estrangeiros”.
Importância da Cidade
Jerusalém era muito mais do que apenas a capital duma nação terrestre. Foi a única cidade em toda a terra em que Jeová Deus colocara seu nome. (1Rs 11:36) Depois que a arca do pacto, associada com a presença de Deus, foi transferida para lá, e, ainda mais, quando o santuário do templo, ou casa de Deus, foi ali construído, Jerusalém tornou-se figuradamente a ‘residência’ de Jeová, seu “lugar de descanso”. Visto que os réis da linhagem davídica eram os ungidos de Deus, sentando-se no “trono de Jeová”, a própria Jerusalém também era chamada de “trono de Jeová”; e as tribos ou nações que se voltavam para ela em reconhecimento da soberania de Deus, na realidade, estavam sendo congregadas para o nome de Jeová. Os que eram hostis a Jerusalém, ou aqueles que a combatiam, estavam na realidade opondo-se à expressão da soberania de Deus. Era certo que isto aconteceria, em vista da declaração profética em Génesis 3:15.
Por conseguinte, Jerusalém representava a sede do governo ou reino típico de Deus, divinamente constituído. Dela procedia a lei de Deus, sua palavra e sua bênção. Os que trabalhassem em prol da paz de Jerusalém, e para o seu bem, portanto, estariam trabalhando pelo êxito do propósito justo de Deus, para que Sua vontade prosperasse. Embora Jerusalém estivesse situada entre as montanhas de Judá, e, sem dúvida, tivesse uma impressionante aparência, sua verdadeira eminência e beleza provinham do modo como Jeová Deus a honrava e glorificava, para que servisse como “coroa de beleza” para Ele.
Visto que o louvor de Jeová, e Sua vontade, são primariamente executados por suas criaturas inteligentes, não eram os prédios que constituíam a cidade que determinavam se Ele continuaria a usar a cidade, mas eram as pessoas nela, os governantes e os governados, os sacerdotes e o povo. Enquanto estes eram fiéis, honrando o nome de Jeová por meio de suas palavras e pelo seu proceder na vida, Ele abençoava e defendia Jerusalém. O desfavor de Jeová logo sobreveio ao povo e aos seus reis devido ao proceder apóstata da maioria. Por este motivo, Jeová declarou seu propósito de rejeitar a cidade que levara Seu nome. Ele removeria da cidade “o sustento e o apoio”, resultando em ela se tornar cheia de tirania, de delinquência juvenil, de desrespeito pelos homens em posições honrosas; Jerusalém sofreria rebaixamento e grave humilhação. Embora Jeová Deus restaurasse a cidade 70 anos depois de permitir a sua destruição por parte de Babilónia, tornando-a novamente linda como o alegre centro da adoração verdadeira na terra, o povo e seus líderes voltaram mais uma vez para seu proceder apóstata.
Jeová preservara a cidade até o tempo em que enviou seu Filho à terra. Ela tinha de estar ali para se cumprirem as profecias messiânicas. O proceder apóstata de Israel atingiu o clímax quando o Messias, Jesus Cristo, foi pregado numa estaca. Tendo isto ocorrido em Jerusalém, instigado pelos líderes daquela nação, com apoio popular, tornou-se certa a rejeição completa e irreversível da cidade, por parte de Deus, como representando a Ele e levando Seu Nome. Nem Jesus nem seus apóstolos predisseram qualquer restauração vindoura da Jerusalém terrestre e seu templo, por Deus, a acontecer depois da divinamente decretada destruição dela, que ocorreu em 70 EC.
Todavia, o nome Jerusalém continuou a ser usado como símbolo de algo maior do que a cidade terrena. O apóstolo Paulo, por inspiração divina, revelou haver uma “Jerusalém de cima”, que ele chamou de “mãe” dos cristãos ungidos. Isto coloca a “Jerusalém de cima” na posição de esposa de Jeová Deus, o grande Pai e Dador da vida. Quando a Jerusalém terrestre era usada como a principal cidade da nação escolhida de Deus, ela também era mencionada como mulher, casada com Deus, ligada a ele pelos sagrados vínculos duma relação pactuada. Ela retratava ou representava assim a inteira congregação dos servos humanos de Deus. Por conseguinte, a “Jerusalém de cima” deve representar a inteira congregação de leais servos espirituais de Jeová.
Esta Matéria Foi Retirada do Livro "Estudo Perspicaz"
Publicado Pelas Testemunhas de Jeová
E adaptada por
Pedro Ribeiro
Por conseguinte, Jerusalém representava a sede do governo ou reino típico de Deus, divinamente constituído. Dela procedia a lei de Deus, sua palavra e sua bênção. Os que trabalhassem em prol da paz de Jerusalém, e para o seu bem, portanto, estariam trabalhando pelo êxito do propósito justo de Deus, para que Sua vontade prosperasse. Embora Jerusalém estivesse situada entre as montanhas de Judá, e, sem dúvida, tivesse uma impressionante aparência, sua verdadeira eminência e beleza provinham do modo como Jeová Deus a honrava e glorificava, para que servisse como “coroa de beleza” para Ele.
Visto que o louvor de Jeová, e Sua vontade, são primariamente executados por suas criaturas inteligentes, não eram os prédios que constituíam a cidade que determinavam se Ele continuaria a usar a cidade, mas eram as pessoas nela, os governantes e os governados, os sacerdotes e o povo. Enquanto estes eram fiéis, honrando o nome de Jeová por meio de suas palavras e pelo seu proceder na vida, Ele abençoava e defendia Jerusalém. O desfavor de Jeová logo sobreveio ao povo e aos seus reis devido ao proceder apóstata da maioria. Por este motivo, Jeová declarou seu propósito de rejeitar a cidade que levara Seu nome. Ele removeria da cidade “o sustento e o apoio”, resultando em ela se tornar cheia de tirania, de delinquência juvenil, de desrespeito pelos homens em posições honrosas; Jerusalém sofreria rebaixamento e grave humilhação. Embora Jeová Deus restaurasse a cidade 70 anos depois de permitir a sua destruição por parte de Babilónia, tornando-a novamente linda como o alegre centro da adoração verdadeira na terra, o povo e seus líderes voltaram mais uma vez para seu proceder apóstata.
Jeová preservara a cidade até o tempo em que enviou seu Filho à terra. Ela tinha de estar ali para se cumprirem as profecias messiânicas. O proceder apóstata de Israel atingiu o clímax quando o Messias, Jesus Cristo, foi pregado numa estaca. Tendo isto ocorrido em Jerusalém, instigado pelos líderes daquela nação, com apoio popular, tornou-se certa a rejeição completa e irreversível da cidade, por parte de Deus, como representando a Ele e levando Seu Nome. Nem Jesus nem seus apóstolos predisseram qualquer restauração vindoura da Jerusalém terrestre e seu templo, por Deus, a acontecer depois da divinamente decretada destruição dela, que ocorreu em 70 EC.
Todavia, o nome Jerusalém continuou a ser usado como símbolo de algo maior do que a cidade terrena. O apóstolo Paulo, por inspiração divina, revelou haver uma “Jerusalém de cima”, que ele chamou de “mãe” dos cristãos ungidos. Isto coloca a “Jerusalém de cima” na posição de esposa de Jeová Deus, o grande Pai e Dador da vida. Quando a Jerusalém terrestre era usada como a principal cidade da nação escolhida de Deus, ela também era mencionada como mulher, casada com Deus, ligada a ele pelos sagrados vínculos duma relação pactuada. Ela retratava ou representava assim a inteira congregação dos servos humanos de Deus. Por conseguinte, a “Jerusalém de cima” deve representar a inteira congregação de leais servos espirituais de Jeová.
Esta Matéria Foi Retirada do Livro "Estudo Perspicaz"
Publicado Pelas Testemunhas de Jeová
E adaptada por
Pedro Ribeiro
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